mundoGrupo evangélico bate em 8 milhões de portas antes da eleição nos EUA
O grupo evangélico Faith & Freedom Coalition (FFC) alcançou um marco expressivo no engajamento de eleitores
religiosos para as próximas eleições presidenciais nos EUA, com um número recorde de 8 milhões de portas batidas em estados decisivos. Segundo o fundador do FFC, Ralph Reed, esse esforço busca mobilizar eleitores de fé em um nível sem precedentes, esperando interagir com até 18 milhões de eleitores em sete estados indecisos, incluindo Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin, que juntos representam 93 votos cruciais no Colégio Eleitoral.
“Estamos vendo entusiasmo e intensidade sem precedentes entre nossos voluntários e os eleitores de fé com quem eles estão interagindo”, afirmou Reed, destacando que esses números podem ultrapassar os vistos em 2016 e 2020. Reed acredita que os relatos de uma suposta fraqueza do apoio conservador em 2024 são exagerados e que essa mobilização é decisiva para a vitória nos estados de campo de batalha, tanto para as eleições presidenciais quanto para disputas no Senado e na Câmara.
Com o auxílio de 10.000 pesquisadores e voluntários remunerados, a FFC pretende alcançar de 3 a 4 milhões de novos eleitores em relação a 2020. O plano envolve completar 10 milhões de chamadas de incentivo ao voto, enviar 24 milhões de mensagens de texto, e distribuir 30 milhões de guias para eleitores em 100.000 igrejas pelo país.
Craig Huey, autor de The Christian Voter: How to Vote For, Not Against, Your Values to Transform Culture and Politics, manifestou preocupação quanto aos esforços insuficientes de outras igrejas para motivar eleitores cristãos, afirmando que poucos evangélicos estão realmente engajados em promover votos alinhados aos seus valores. Um estudo do Centro de Pesquisa Cultural da Universidade Cristã do Arizona corrobora essa visão, estimando que cerca de 32 milhões de cristãos podem optar por se abster nas eleições de 2024.
No entanto, Reed está confiante de que a maioria dos cristãos evangélicos comparecerá às urnas, estimando uma taxa de participação entre 75% e 90% desse público, acima da média geral de eleitores e da média republicana.